Achei que seria um outro dia qualquer.
Acordei 6 hrs da manhã, levantei e vivi meu dia como o de comum.
Havia uma certa ansiedade lá no fundo, mas acabei esquecendo com aqueles vários prazos jogados em cima da mesa para fazer.
Te peguei no meio daquele caos que é o fim da tarde, sextas-feiras sempre são tumultuadas, todo mundo querendo fugir da semana degastante.
E lá estávamos nós dois, dirigindo, xingando os outros carros. Acabamos criando uma super conexão para esses momentos.
Convites na mão, fila gigante e algumas latas de cerveja na mão.
Era só eu e você e aquela multidão.
Tudo apertado, tudo lotado, várias músicas sendo tocadas sem nenhum sentindo.
E eu e você.
As luzes brilharam, as músicas esperadas começaram, o suor pingava no show, as danças se espalharam pelo corpo e tudo começou a fazer sentido.
Eu sabia que você estava ali.
Me segurando pela cintura.
Trançando seus dedos nos meus.
Cantando cada música.
A melhor conexão já sentida.
O mundo simplesmente parou, as pessoas ficaram invisíveis, as luzes diminuíram, a música ficou alta.
E eu e você, apenas, no meio da pista, dançando.
Só nós dois.
Sem mais ninguém.
O coração apertou, as pernas ficaram bambas e tudo fez sentido.
As palavras não definem aquele momento.
Apenas a sensação.
A lembrança.
A cocega dentro da garganta.
A vontade de gritar.
A liberdade.
A saudade.
E lá, estava apenas eu e você.
Eu e o meu mundo todo.
Eu e a minha coragem.
Eu e a minha força.
Eu e você.
Nú de qualquer sentimento, nú de qualquer medo, nú de qualquer rotina.
Apenas eu e você.