domingo, 10 de abril de 2016

8.4.16

Achei que seria um outro dia qualquer.

Acordei 6 hrs da manhã, levantei e vivi meu dia como o de comum.
Havia uma certa ansiedade lá no fundo, mas acabei esquecendo com aqueles vários prazos jogados em cima da mesa para fazer.

Te peguei no meio daquele caos que é o fim da tarde, sextas-feiras sempre são tumultuadas, todo mundo querendo fugir da semana degastante.

E lá estávamos nós dois, dirigindo, xingando os outros carros. Acabamos criando uma super conexão para esses momentos.

Convites na mão, fila gigante e algumas latas de cerveja na mão.

Era só eu e você e aquela multidão.

Tudo apertado, tudo lotado, várias músicas sendo tocadas sem nenhum sentindo.

E eu e você.

As luzes brilharam, as músicas esperadas começaram, o suor pingava no show, as danças se espalharam pelo corpo e tudo começou a fazer sentido.

Eu sabia que você estava ali.

Me segurando pela cintura.

Trançando seus dedos nos meus.

Cantando cada música.

A melhor conexão já sentida.

O mundo simplesmente parou, as pessoas ficaram invisíveis, as luzes diminuíram, a música ficou alta.

E eu e você, apenas, no meio da pista, dançando.

Só nós dois.

Sem mais ninguém.

O coração apertou, as pernas ficaram bambas e tudo fez sentido.

As palavras não definem aquele momento.

Apenas a sensação.

A lembrança.

A cocega dentro da garganta.

A vontade de gritar.

A liberdade.

A saudade.


E lá, estava apenas eu e você.

Eu e o meu mundo todo.

Eu e a minha coragem.

Eu e a minha força.

Eu e você.

Nú de qualquer sentimento, nú de qualquer medo, nú de qualquer rotina.

Apenas eu e você.