domingo, 3 de novembro de 2013

III.

Seus gritos de dor eram ouvidos em todas as dimensões, e todo me condenavam por não conseguir ajuda-la
Mas, eu não sabia mais o caminho de voltar, as suas dores se tornaram as minhas, a sua vida se impregnou na minha, não havia mas caminho de volta.
As dimensões eram guiadas entre medo, coragem e dor.
E apenas o seu rosto, era o que me guiava diante a minha vida.
Os seus segredos e mentiras foram descobertos, mas eu ainda continuava ali. Ninguém mais estava ali. Apenas eu. Apenas o meu medo, a minha dor e a minha esperança.
Os dias dançavam na nossa cara, esfregando a infelicidade de viver diante da hipocrisia humana.
Ninguém mais estava ali, só nós duas, só a nossa vontade de conseguir vencer.
Mas, você começou a se perder no meio de tanta luta e minhas batalhas começara a ficar mais pesadas, e eu não conseguia te dar as mesmas forças que eu te passava no começo. Tudo começou a ficar mais pesado, mais pequeno. O meu medo ia aumentando, e a sua vontade diminuindo.
Eu conseguia enxergar o seu verdadeiro reflexo dentro do espelho antigo, mas você ainda estava perdida, lutando conta si mesmo, e lutando contra os meus medos.
A sua dor e os seus medos, me acordavam de madrugada, me fazendo te livrar daquele pesado real.
Mas, talvez eu fosse o seu medo o seu pesadelo, a sua pior dor, a sua pior fraqueza.
Eu sei, eu sou responsável por toda a desgraça desse maldito labirinto que você acabou se perdendo.
(...)

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